Casal que briga demais: conflito normal ou sinal de algo mais profundo?

Casal que briga demais: conflito normal ou sinal de algo mais profundo?

Casal que briga demais: conflito normal ou sinal de algo mais profundo?

Todo casal briga. Mas será que vocês são um casal que briga demais?
Mas quando as discussões se tornam frequentes, intensas ou desgastantes… vem a dúvida: isso é só fase ou estamos nos machucando?

Neste artigo, quero te ajudar a diferenciar os conflitos naturais da convivência daqueles que revelam feridas mais profundas — e que não podem mais ser ignoradas. 

Brigar é normal — até certo ponto

Conviver é encontrar diferenças. Ninguém ama do mesmo jeito, nem sente no mesmo ritmo. É normal se irritar, discordar, levantar a voz de vez em quando.

Brigas, quando vêm com respeito e com o desejo real de se entender, podem até fortalecer o casal.
Elas mostram que algo precisa ser ajustado e/ou que existe espaço para a verdade. Não é porque vocês são um casal que briga demais que a relação está condenada — mas é importante entender o que está por trás dos conflitos.

O maior problema é quando a briga vira o único modo de comunicação e, sobretudo, gera sofrimento. Um casal que briga demais pode, na verdade, estar tentando expressar dores antigas que nunca foram nomeadas.

Quando brigar se torna rotina (e cansa)

Alguns casais entram em um ciclo: Reclamação – grito – mágoa – silêncio – desculpa – e tudo começa de novo. O motivo da briga às vezes é pequeno, mas o desgaste é grande. E o que era só uma diferença vira uma ferida.

Quando o único momento em que vocês “conversam” é durante uma discussão, o vínculo começa a se apagar. Fica pesado, sufocante, solitário. 

O que tem por trás das brigas?

Por trás de quase toda briga, existe algo não dito.
Uma dor, uma frustração, um medo.

  • Quando você diz “você nunca me ajuda”, talvez esteja dizendo me sinto sozinha.

  • Quando fala “você não liga pra mim”, talvez queira dizer preciso me sentir amada.

  • Quando explode “você é sempre o mesmo”, talvez esteja gritando olha pra mim, eu estou tentando.

Mas ao invés de mostrar nossa dor, a gente aponta o dedo, porque acusar é mais fácil do que se mostrar vulnerável. Um casal que briga demais pode estar tentando se comunicar de forma dolorosa, mas ainda busca conexão.

Na terapia, a gente aprende a nomear essas camadas mais profundas.
E quando isso acontece, a briga deixa de ser uma guerra — e vira um pedido de ajuda.

Recomendo muito a leitura deste artigo aqui, para conhecer a linguagem de amor do seu parceiro e a sua. Amar não é tão fácil nem óbvio, será que você é amada(o) e ama na lingua certa? 

Será que essa relação está te fazendo bem?

Algumas perguntas que podem ajudar a refletir:

  • Você se sente ouvida(o), mesmo quando há desentendimento?

  • Conseguem se reconciliar sem se machucar ainda mais?

  • Há carinho entre vocês fora das brigas?

  • Você sente liberdade para dizer o que sente, sem medo de explosões?

  • Vocês buscam soluções juntos — ou um sempre precisa “vencer”?

Se a maior parte das respostas for “não”, talvez não seja o fim.
Mas com certeza, é um alerta.

Dá uma olhada neste artigo para entender quais são as razões principais dos casais que se separam. 

Um casal que briga demais não é sinal de fracasso. É sinal de que precisa ir para uma nova fase.

Nem todo casal que briga demais precisa se separar — alguns apenas precisam reaprender a escutar. 

Casais que brigam não são casais perdidos. São casais que ainda querem algo, mas não sabem mais como dizer.

E dá pra aprender. Dá pra reaprender a conversar, a escutar, a se posicionar sem ferir.
Com ajuda, com paciência, com vontade.

🧡 Se as brigas estão desgastando o vínculo, a terapia de casal pode ser um caminho.
Um espaço para entender o que está por trás de tudo isso e transformar o conflito em reconexão.

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Quem é Fanny Clair?

Sou Fanny Clair, francesa vivendo no Brasil desde 2014. Casada e mãe de dois filhos pequenos, sou psicanalista especializada nas questões feminina, sexóloga e terapeuta de casal.

No âmbito da minha prática, associo a psicanálise à terapia cognitivo-comportamental (TCC) para oferecer um acompanhamento eficaz.

Além disso, sou a fundadora do blog "Sabedoria Coletiva", onde compartilho reflexões e recursos sobre o bem-estar emocional.

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