Superar uma traição: como reconstruir seu relacionamento

Superar uma traição

Superar uma traição: como reconstruir seu relacionamento

Superar uma traição é um dos maiores desafios que um casal pode enfrentar. A confiança se rompe, o chão parece sumir, e surgem sentimentos intensos de raiva, tristeza, culpa e confusão. Mas será que sempre precisa terminar? Será que é possível seguir em frente juntos, com mais maturidade e conexão do que antes? A resposta é: sim — desde que os dois estejam dispostos a reconstruir a relação de forma sincera e profunda.

 

Superar uma traição não precisa ser o fim

É normal que a traição abale tudo. Mas, em muitos casos, ela não surge do nada: pode ser consequência de silêncios acumulados, cansaço emocional, falta de presença ou da sensação de solidão dentro do relacionamento. Para alguns casais, esse choque desperta um olhar mais verdadeiro e urgente um para o outro. É o ponto de virada. Mas isso só acontece se os dois quiserem realmente investir na relação — com ações, não só palavras.

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Quem traiu precisa se comprometer de verdade

Para que seja possível superar uma traição, é essencial que a pessoa que traiu assuma o erro com arrependimento real. Isso inclui cortar totalmente o vínculo com a “terceira pessoa” e se tornar alguém mais presente, participativo e protagonista na relação. É preciso mostrar, com atitudes diárias, que está disposta a criar uma nova história a dois — mais justa, mais segura, mais verdadeira.

 

Quem foi traída(o) também tem um caminho a percorrer

A dor da traição não some de um dia para o outro. É necessário viver esse luto: sentir, chorar, expressar tudo o que está doendo. Mas se o desejo for seguir em frente, será preciso também escolher perdoar. Isso não significa esquecer o que aconteceu, mas parar de usar a traição como arma no futuro. Depois de passado o luto, recomeçar de verdade é abrir espaço para uma nova relação com a mesma pessoa.

 

Superar uma traição exige entender o que levou até ela

Na terapia de casal, o foco não é procurar “culpados”, mas entender a dinâmica da relação: o que estava falhando antes da traição? Quais necessidades estavam sendo ignoradas? O que cada um esperava e não conseguia comunicar? Essa investigação é essencial para evitar que a mesma dor volte a acontecer — seja com essa pessoa ou em outra relação.

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Reconstruir a confiança depois de uma traição é possível

Superar uma traição inclui reconstruir a confiança. E ela não volta sozinha com o tempo. Ela precisa de atitudes consistentes: verdade, presença emocional, escuta ativa. Na terapia, lembramos sempre que o terapeuta é advogado do casal, e não de um ou de outro. O objetivo é criar um novo espaço de segurança e afeto, onde os dois possam se sentir valorizados e escolhidos novamente.

Você pode iniciar esse processo em uma sessão de terapia de casal online, em um espaço acolhedor e sem julgamentos.

 

Um pequeno convite à reflexão

E se a traição servisse como um alerta para lembrar que seu parceiro (ou parceira) continua sendo uma pessoa inteira, que pode sim ser vista como desejável por outros? Muitas vezes, o outro vira parte da mobília da casa — e a gente para de enxergar com desejo, para de se cuidar também. O desejo esfria não só porque o outro “não faz mais questão”, mas porque deixamos de olhar com admiração e curiosidade. Lembrar que ninguém é “nosso” pode ajudar a manter o interesse vivo. Olhe para o outro com novos olhos, de vez em quando — isso pode mudar tudo.

 

Está difícil superar uma traição?

Talvez seja hora de conversar com alguém que possa te ajudar a entender o que fazer com essa dor. Se quiser, marque uma sessão comigo, online. A terapia pode ser o espaço seguro que você precisa para se reencontrar — consigo mesma(o) e com a sua relação.

Quem é Fanny Clair?

Sou Fanny Clair, francesa vivendo no Brasil desde 2014. Casada e mãe de dois filhos pequenos, sou psicanalista especializada nas questões feminina, sexóloga e terapeuta de casal.

No âmbito da minha prática, associo a psicanálise à terapia cognitivo-comportamental (TCC) para oferecer um acompanhamento eficaz.

Além disso, sou a fundadora do blog "Sabedoria Coletiva", onde compartilho reflexões e recursos sobre o bem-estar emocional.

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